quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Animais Imortais


O Bodião de Rougheye (Sebastes aleutianus) é um peixe
com uma coloração avermelhada (imagem em cima do lado
esquerdo), que vive junto ás formações rochosas do oceano
e que se estima poder viver até aos 205 anos, apesar da
idade máxima reportada ter sido de 140 anos.
Partindo dos peixes para os moluscos, vamos fazer uma
impressionante e rápida viagem dos 200 aos 500 anos de
vida, começando pelo mexilhão-perlífero-do-rio (Margaritifera
margaritifera), que chega até aos 210 anos de idade. Esta extraordinária capacidade
não tem, contudo, sido capaz de afastar este mexilhão da
lista das espécies ameaçadas, ele que foi, em tempos, o
bivalve mais comum dos rios e hoje está extinto em muitas
localizações. As causas do seu desaparecimento acentuado
não são inteiramente claras, embora a degradação do ambiente
aquátco e introdução de espécies invasoras desempenhe um
papel inquestionável na morte dos indivíduos.
Já a ameijoa-mercenária (Mercenaria mercenaria), bate todos os animais anteriores ao viver uns incríveis 400 anos, medição feita com base nos “anéis”
presentes nas suas conchas, semelhantes aos anéis dos
troncos das árvores.
O que dizer então da ostra-das-profundezas (Neopycnodonte
cochlear), na imagem ao fundo do lado direito? A melhor
candidata a ser batizada com o nome de Matusalém
(personagem biblíco que tería vivido vários séculos), a
ostra-das-profundezas pode viver por mais de 500 anos,
atravessando literalmente diversos séculos e gerações
humanas. Isto significa, teoricamente, que algumas destas
ostras que hoje habitam os oceanos, já eram vivas quando as
caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral,
descobriram o Brasil. Dá para imaginar o que é viver tanto
tempo? Certamente a espécie humana não se importaria.

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